- Um: tenho acompanhado com alguma periodicidade as discussões promovidas pelo André aqui no blog. Elas têm me divertido e ensinado muito.
- Dois: trabalhei com o André em Maringá e em Brasília e gosto do modo como ele demonstra, na prática, algo em que acredito: é possível trabalhar séria e criticamente sem ser mal humorado ou chato.
- Três: tenho, atualmente, mais tempo disponível que a maioria dos meus colegas, já que vivo a situação paradoxal de aposentado ma non troppo. É claro que, como aposentado, passei a receber e a assumir uma série de funções domésticas das quais a condição de trabalhador-com-horário-e-compromissos me isentava, mas isto é outra história. De qualquer forma, tenho algum tempo para dedicar às coisas que me dão prazer.
- Quatro: velhos gostam de conversar e passam o tempo procurando vítimas para suas falas.
Resultado: resolvi finalmente aceitar um convite do André e me tornar colaborador periódico deste fórum de discussões. Dito de outra forma: ele cedeu o espaço, eu resolvi construir um puxadinho aqui no blog e me instalar nele, ao menos por uns tempos.
Como iniciante nas artes e manhas do espaço virtual, resolvi começar abordando temas pequenos, quase marginais, que normalmente não têm espaço nas publicações e apresentações oficiais, mas que estão por aí, permeando nosso dia a dia acadêmico. Coisas como um cisco no olho ou uma pedrinha no sapato, que não teriam qualquer importância nem seriam percebidas, se não estivessem onde não deveriam estar e se não causassem incômodo, por isto.
Pretendo começar tratando de alguns maus hábitos (segundo minha avaliação) que vejo ser cometidos por muitos dos que se dedicam a escrever textos científicos e que, de tanto serem repetidos, deixam de ser percebidos e passam, mesmo, a ser considerados como parte dos padrões de redação acadêmica.
Se todo mundo faz, está certo? Frequência é igual à qualidade? Penso que não.
Espero que os textos que pretendo postar sejam úteis. Se não, que sejam divertidos. Se nada disso, que sejam ao menos perdoáveis. E perdoados.