Ambiente virtual de debate metodológico em Ciência da Informação, pesquisa científica e produção social de conhecimento

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ciencia e sociedade - novo livro


Não conheço a obra, ainda, mas conheço ao autor, com quem trabalhei algum tempo na Câmara de Pesquisa e Pós-graduação, da UnB, onde conheci alguns de seus bons posicionamentos sobre ciência, universidade e sociedade. Uma rápida leitura na apresentação da obra, me faz acreditar que seja um material bastante interessante para aprofundar muitas das discussões que são levadas nas disciplinas da pós, estimuladas pelo livro de Eduardo Tomanik, e pelos textos de Newton Freire Maia, Milton Santos, entre outros. O texto da 4º capa anota o seguinte:
"Um diálogo entre a Sociologia e a Filosofia da Ciência: é o envolvente convite que este livro faz. Com linguagem clara e coesa, o tema vibrante – a relação entre Ciência, Verdade e Sociedade − torna-se acessível a público bem amplo, incluindo não especialistas. A reflexão vai além do pensamento acadêmico, especialmente na segunda parte do livro, quando examina o que se considera ser, em sociedades democráticas, a “Ciência bem-articulada” no contexto atual do desenvolvimento científico-tecnológico. Pontua-se, então, a realidade brasileira, mediada pela credencial da sólida experiência do autor em sua profícua dedicação ao tema. O texto propõe o imperativo de se avançar para além da marcação de posições ideológicas, atitude característica do momento que ficou conhecido como a “Guerra das Ciências”. Entende que a ideia da Ciência com “conteúdo social” não suprime seu caráter objetivo, para o que se apoia em substanciais contribuições identificadas no confronto entre “realistas” e “não ealistas”, na Filosofia da Ciência. Ainda mais, insiste na vitalidade de se discutirem as novas responsabilidades que pesam sobre a Ciência e a Tecnologia contemporâneas, neste mundo crescentemente inquieto e muito promissor. Com o propósito de colaborar com a inclusão, no debate, desta outra perspectiva, a Fabrefactum apresenta, aos leitores, Ciência, Verdade e Sociedade: contribuições para um diálogo entre a sociologia e a filosofia da ciência, em sua série “Ciência, Tecnologia e Sociedade”.
Pedidos físicos e/ou downloads virtuais podem ser feitos aqui ou aqui.
TRIGUEIRO, Michelangelo Giotto Santoro. Ciência, verdade e sociedade. Belo Horizonte: Fabrefactum, 2012. (Coleção Ciência Tecnologia e Sociedade).

domingo, 22 de julho de 2012

Contra a má vontade não há argumentos
A greve na universidade (ainda)...

Copiado de Rabix
Até quando se continuará a tentar tapar o Sol com a peneira? Lembro-me de, quando eu era pequeno, acompanhar minha mãe, professora da USP a uma manifestação (uma das primeiras do período de distensão da ditadura) de docentes da USP. Depois, como aluno daquela universidade, recordo-me de vários semestres alterados por conta de greves. Em 1994 comecei a lecionar no ensino superior e devo ter passado, desde então, mais de um ano (se formos somar os dias de paralisação) em greve. O triste é que, apesar da greve geralmente ter uma coloração avermelhada, os governos e gestores que insistem em nunca apontar para uma saída estrutural definitiva são de todas as cores e tendências. Hoje, quando a greve completou 62 dias, por acaso comentei, via G-talk, o fato com uma amiga minha, que é professora na Romênia. Ante a resposta dela ("- Again?") comecei a duvidar que algum dia o Brasil realmente tratará a Universidade pública com respeito e atitudes efetivas para sua inserção como protagonista em um projeto nacional. Ao que tudo indica o improvável estádio do Corinthians (com o qual eu sonhava, ouvindo as vãs promessas de sua edificação próxima, desde os idos de 1978, quando comecei a acompanhar minha mãe em manifestações na USP) será uma realidade bem antes da solução para o eterno problema da universidade pública brasileira.

Promessas não faltam, boas promessas midiáticas e falaciosas menos ainda. Recentemente, logo após o anúncio da proposta do governo (feita somente após 53 dias de greve) uma aluna minha me mandou uma mensagem pelo celular: "- Parabéns professor, o sr. irá ganhar 17 mil por mês e a greve vai acabar" (até parece! - educadamente respondi que só acreditava vendo). Entre a tola manipulação da opinião pública e a efetividade das propostas existe um abismo gigantesco. Recentes estudos da PROIFES mostram que a proposta do governo representa uma perda real de salário para a maioria dos níveis da carreira docente se for computada a inflação prevista até a conclusão do ajuste proposto.

Copiado de Jornalismo Ciência Ambiente
Não cabe aqui demonstrar por "A+B" o absurdo da proposta do governo, já que a razoabilidade esperada há muito tornou-se inexistente. Mentir e manipular para obter interesses específicos, infelizmente, faz parte do atual jogo político. A coisa é bem mais grave se aquele que mente e tenta manipular acredita que ao repetir ad nauseam a mesma ladainha ela se tornará realidade; deveria ser tratada como patologia a partir do momento em que o mitômano começa a realmente crer na sua própria história, em seus próprios argumentos. E, a quem ousar desafiar tais verdades, anunciando que "- O Rei está nu!", recomenda-se, enfaticamente, o corte de ponto, por crime de lesa pátria.

Frei Betto, homem que costumava ser visto pelos petistas como exemplo de ética e justeza, publicou na semana passada um diálogo imaginário (em minha opinião) que teve com um alto representante do governo atual, em um encontro fortuito no aeroporto, sobre a greve da universidades. A cada argumento esdrúxulo de seu colega o escritor rebatia com a lógica evidenciando os absurdos de posições falsamente justificadas em "contigência orçamentária", "necessidade de investimentos mais produtivos", "avanços na imagem do país" com a copa do mundo, "nível de remuneração do serviço público" etc. Ao se despedir, seu amigo reconhece a mais cruel das verdades: "- O problema, companheiro, é que, por estar no governo, não posso criticá-lo. Mas você tem boa dose de razão".
  • Não deixe de ler a íntegra do texto de Frei Betto aqui (não deixe de ler mesmo!)
  • Leia aqui post anterior sobre a greve atual
  • Veja aqui relação  de posts anteriores sobre a UnB e greves pregressas.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Base teórica

Copiado de PC Windows Fail
A base teórica é um elemento fundamental para a sustentação de qualquer pesquisa científica. É o que permite que um pesquisador seja capaz de situar seu problema e suas inquietações no âmbito das áreas de saber onde estão inseridas. No caso atual seria definir, por exemplo, os vínculos entre as pesquisa atuais dos pos-graduandos e a Ciência da Informação. A compreensão de qualquer fenômeno parte do próprio entendimento sobre a conceituação dele, que é definida, de modos distintos, por cada área do conhecimento e por cada tendência teórica dentro das áreas. A base teórica também é responsável por definir o foco com qual se formulará hipóteses para melhor entender a situação problema de cada pesquisa.

Para concluir a avaliação do item "a)" do programa TODOS os alunos deverão realizar duas atividades:
  1. indicação resumida e sintética das principais transformações ocorridas no projeto de pesquisa, após a conclusão desta disciplina (pode ser na forma de banner virtual, para quem já formatou um);
  2. <> definição da base teórica que embasa e continuará embasando a pesquisa atual (01 página, máximo e mínimo).
Tais itens deverão trazer a identificação do aluno e do curso de origem ("mestrado UnB" ou "DINTER UnB-UFES").  

A avaliação de tais itens será feita pela profa. Sofia, que receberá os trabalhos por e-mail. 

Além da avaliação, os alunos ainda deverão postar as atividades referidas neste blog (ou as urls, no caso de estarem disponíveis em outros lugares virtuais, como blogs de pesquisa), como forma de estimular o debate e a troca de informação em nossa comunidade.

O prazo para conclusão encerra-se às 09h:29min do dia 16/07/2012, horário de Brasília.